museuvirtualmuritiba@gmail.com MUSEU VIRTUAL DE MURITIBA.: 2015 expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

PRA QUEM AMA E ACREDITA, MURITIBA.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

LEMBRANÇAS

A MUSICA SEMPRE FOI O SANGUE DE MINHA ALMA ...
FOI O GRANDE ESCAPE A GRANDE VALVULA. FUI REVIVENDO NA MUSICA A VIDA DE OUTROS QUEM AMA A MUSICA NÃO AMA UM ESTILO ...É ECLÉTICO POIS A MUSICA É UNIVERSAL... LEMBRO-ME DE MINHA MÃE PASSANDO ROUPA NA COZINHA E O RADIO LIGADO NO PROGRAMA SHOW DA TARDE ... SÓ LEMBRANÇAS

RIQUEZAS DE MURITIBA.










O Homem é um Mistério. Deve Ser Desvendado...

Fiodor Dostoievski
A A minha alma já não é susceptível aos seus impulsos violentos anteriores. Nela tudo é tão sossegado como no coração de um homem que esconde um segredo fundo.
Eu estou a aprender bastante acerca de 'o que é o homem e o que é a vida'; eu posso estudar caráteres humanos a partir de escritores com quem eu passei a maior parte da minha vida, livremente e com alegria. Isto é tudo o que eu posso dizer sobre mim próprio. Tenho confiança em mim próprio. O homem é um mistério. Deve ser desvendado, e se tal levar uma vida inteira, não digas que é um desperdicio de tempo. Eu estou preocupado com este mistério porque eu quero ser um ser humano...
Fiodor Dostoievski, em 'Cartas Selecionadas'

Casa arrumada é assim...


Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Afinal, a vida ,a felicidade e paz são caminhos e não destinos....
{ Carlos Drummond de Andrade }

Ser Real quer Dizer não Estar Dentro de Mim

Seja o que for que esteja no centro do Mundo, 
Deu-me o mundo exterior por exemplo de Realidade, 
E quando digo "isto é real", mesmo de um sentimento, 
Vejo-o sem querer em um espaço qualquer exterior, 
Vejo-o com uma visão qualquer fora e alheio a mim. 

Ser real quer dizer não estar dentro de mim. 
Da minha pessoa de dentro não tenho noção de realidade. 
Sei que o mundo existe, mas não sei se existo. 
Estou mais certo da existência da minha casa branca 
Do que da existência interior do dono da casa branca. 
Creio mais no meu corpo do que na minha alma, 
Porque o meu corpo apresenta-se no meio da realidade. 
Podendo ser visto por outros, 
Podendo tocar em outros, 
Podendo sentar-se e estar de pé, 
Mas a minha alma só pode ser definida por termos de fora. 
Existe para mim — nos momentos em que julgo que efetivamente 
                               existe — 

Por um empréstimo da realidade exterior do Mundo 

Se a alma é mais real 
Que o mundo exterior como tu, filósofos, dizes, 
Para que é que o mundo exterior me foi dado como tipo da realidade" 

Se é mais certo eu sentir 
Do que existir a cousa que sinto — 
Para que sinto 
E para que surge essa cousa independentemente de mim 
Sem precisar de mim para existir, 
E eu sempre ligado a mim-próprio, sempre pessoal e intransmissível? 
Para que me movo com os outros 
Em um mundo em que nos entendemos e onde coincidimos 
Se por acaso esse mundo é o erro e eu é que estou certo? 
Se o Mundo é um erro, é um erro de toda a gente. 
E cada um de nós é o erro de cada um de nós apenas. 
Cousa por cousa, o Mundo é mais certo. 

Mas por que me interrogo, senão porque estou doente? 
Nos dias certos; nos dias exteriores da minha vida, 
Nos meus dias de perfeita lucidez natural, 
Sinto sem sentir que sinto, 
Vejo sem saber que vejo, 
E nunca o Universo é tão real como então, 
Nunca o Universo está (não é perto ou longe de mim. 
Mas) tão sublimemente não-meu. 

Quando digo "é evidente", quero acaso dizer "só eu é que o vejo"? 
Quando digo "é verdade", quero acaso dizer "é minha opinião"?
Quando digo "ali está", quero acaso dizer "não está ali"? 
E se isto é assim na vida, por que será diferente na filosofia? 
Vivemos antes de filosofar, existimos antes de o sabermos, 
E o primeiro fato merece ao menos a precedência e o culto. 

Sim, antes de sermos interior somos exterior. 
Por isso somos exterior essencialmente. 

Dizes, filósofo doente, filósofo enfim, que isto é materialismo. 
Mas isto como pode ser materialismo, se materialismo é uma ilosofia, 
Se uma filosofia seria, pelo menos sendo minha, uma filosofia minha, 
E isto nem sequer é meu, nem sequer sou eu? 

Alberto Caeiro - "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

sábado, 4 de julho de 2015

A UM IRMÃO .................. ...........

                                                               




NÓS NÃO VIVEMOS MAS, NÓS VAMOS LEVANDO..... CHUTANDO LATAS NO CAMINHO ,ESMURRANDO PAREDES.... SIM VAMOS LEVANDO, FECHANDO OS OLHOS ESPREMENDO A MENTE PRA NÃO LEMBRAR DE  VOCÊ... E SOFRER MENOS E DE MENOS SE TORTURAR.. SE CONSOLAMOS COM PALAVRAS TIPO A VIDA É ASSIM MESMO... UM DESALENTO ENORME,UM TÉDIO INFINDO PELA VIDA...MAS NADA ESTÁ COMO ANTES ... AS VEZES NEM MESMO SEI POIS ME PERCO NUM SENTIMENTO QUE NADA DISSO SEJA VERDADE MAS ESSA DOR NÃO VAI SAIR NÃO VAI PASSAR... E NÃO QUERO QUE PASSE POR MEDO DE TE ESQUECER...O MUNDO NÃO TINHA MANSÃO BASTANTE PARA ALBERGAR  A CANDURA DE SUA ALMA...QUE DOR PROFUNDA QUE TRISTEZA INFINDA PROCURO UM ESTIMULO PRA CONTINUAR LUTANDO POIS LUTAVAMOS JUNTOS E ESPERAVAMOS O DIA DA VITORIA PARA FESTEJARMOS NOSSAS CONQUISTAS ...MAS E AGORA ? AS COISAS NÃO TEM TANTO SENTIDO AMIGO PARA MIM... VEJO MUITOS DIZEREM A VIDA CONTINUA ...SIM E DAI / ISSO NÃO MUDA NADA... E A DOR CONTINUA.. A DOR É TÃO VERMELHA E SANGRETA E TÃO VIVA QUE NEM CONSIGO VISITAR SEU FILHO, NÃO TENHO PALAVRAS ......
E SEI QUE  DESMANCHARIA EM LAGRIMAS....MAS VOU CONSEGUIR EU TENHO ....... NÓS NÃO VIVEMOS MAS ... NÓS VAMOS LEVANDO, CHUTANDO LATAS NO CAMINHO, ESMURRANDO PAREDES....
                                                   Flávio Santana da Silva .

                                                   

quarta-feira, 25 de março de 2015

SUCESSO

SUCESSO

Como você tem medido o seu sucesso?

Tendemos a medir o sucesso das pessoas pelo que elas têm, pelo estilo de vida que vivem e pela quantidade de pessoas que as rodeiam.
Será que essa é a melhor maneira de medirmos sucesso?
O que é sucesso pra você?

Roberto Shinyashiki define que "O Sucesso é Ser Feliz" no título de um dos seus livros.
No dicionário online, sucesso significa:
"O que está por vir; consequência positiva; acontecimento favorável; resultado feliz; êxito: os sucessos da nação.
Algo ou alguém que obteve êxito; que possui excesso de popularidade: esta atriz é o sucesso da atualidade.
Ter sucesso. Conseguir algo de maneira favorável: obter um resultado positivo: teve sucesso em sua primeira maratona."

E pra você? O que é sucesso pra você? O que sente quando lhe desejam sucesso?

Penso muito parecido com o que o Shinyashiki colocou no título de um dos seus livros. Acredito realmente que o sucesso está ligado diretamente ao sorriso sincero. Não quero aqui "criar" pessoas medíocres e conformadas, muito pelo contrário. Apenas acredito que sucesso não é apenas um "fim".

O que é sucesso para uma criança?
O que é sucesso para uma dona de casa?
O que é sucesso para um empresário?
Sucesso é para todos!

Sucesso pra mim é medido pela felicidade, pelo sorriso, não apenas no fim, mas também durante o trajeto. Sucesso é saber que foi dado mais um passo na direção que foi determinada. Sucesso é reconhecer e agradecer. Sucesso é saber que sairá mais forte de cada obstáculo e que esses existem para formar você. Sucesso é olhar a sua volta e ver que você faz diferença (positiva) na vida das pessoas com as quais tem contato. Sucesso é ter orgulho do que está praticando no dia-a-dia. 

"O que é sucesso? 
Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso." - por Ralph Waldo Emerson.

 O que você tem praticado para o seu sucesso?


Muito obrigado e SUCESSO!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

JANELAS FECHADAS

                                                             
         
Imagine abrir sua janela ao acordar e, do mesmo modo que as lagartas magicamente se borboleteiam pelas paisagens da vida, encontrar uma fruta que se oferece a você. Clama por seu gesto de sorvê-la inteira. Entregando assim sua gratidão a um dos tantos presentes que a natureza diariamente lhe dá, sem exigir nada em troca.
Saber receber é uma arte. Abrir os braços, o sorriso, o corpo e o coração e dispor-se aceitar quem estende o afeto a você. Receber exige coragem. Integridade. Desejo. Iniciativa. Transparências do querer genuíno. Quantas vezes ansiamos por algo ou por alguém, mas amortecemos as vontades, anulando-as até, enquanto trancamos nossas demandas nas gavetas da privação.
Por absurdo que pareça é mais fácil morrermos de fome. Agarrarmo-nos a uma soberba imbecil, estruturada na deplorável e ilusória onipotência de sermos autossuficientes. Autotróficos como as plantas, que extraem do solo a nutrição de que necessitam.
Mais fácil esbofetearmos os ventos da amorosidade que nos acariciam os sentimentos. Cuspirmos na possibilidade de promovermos sinergias junto a alguém. Seja no trabalho, nos relacionamentos sociais, ou nos pares que pretendem abrir-se para os aconchegos da intimidade.
O medo de perder anuncia-se sob várias roupagens e disfarces – e é, além de costumeiro, renitente visitante da nossa existência. Enraizado nas couraças do espírito e aparentemente irrevogável.
Por que provarmos do mel, acendermos nossa gula se poderemos perdê-lo repentinamente? Melhor equivaler seu gosto ao do fel — recusando, então, o favo que nos provoca.
Você pode apossar-se da faca que reina afiadíssima em sua cozinha. Enterrá-la de vez no cérebro, sem qualquer anestesia. Expulsar do crânio sangrento e agonizante os neurônios que julga imprestáveis. Soldados do exílio voluntário. Apologistas das vantagens da solidão. Guardiões de silêncios nefastos, porque avessos às manifestações de carinho. Como, por exemplo, a dedicação às causas sociais deste mundo apodrecido que tanto nos constrange.
Coma a fruta, vai. Aceite a flor. Namore a borboleta que baila suas cores, bem diante dos seus olhos surpresos. Ela apresenta seu espetáculo, ondulando no ar da poesia, toda feliz e de graça.
Coma a fruta, vai. Aceite a ajuda de um parceiro de caminhada para chegar àquela cachoeira tão bela quanto escondida dos visitantes nas matas.
Prefere pêssegos, caquis, mangas — uma goiaba madura e vermelha? Jogue o orgulho no lixo. Você mora só, jura ser independente por todos os poros, mas não consegue dar o nó na gravata. Subir o zíper do vestido. Matar a barata enorme e cascuda que o encara feroz no teto da sala.
A vergonha de pedir ajuda é tão estúpida quanto a sua recusa em declarar amor a quem o rodeia. Fraqueza solicitar auxílio. Disso você não duvida. Outro gesto impensável é pedir perdão. Esta humilhação inadmissível não pode manchar seu currículo atitudinal.
E assim vamos sobrevivendo — ou melhor levitando, como autômatos neste planeta. Roubando romances jamais experimentados de páginas literárias já gastas. Angariando sonhados momentos, valendo-nos das muletas da imaginação que tingem de cores atraentes algumas cenas do filme a que resolveu assistir.
Quanta covardia. Esconder a premência do amor atrás das portas do cotidiano. Esmagar a linda borboleta com suas mãos cegas e insanas. Arrancar do galho a fruta mais desejada e atirá-la ao chão, triunfante, num arremedo de falido desdém.
Nem sempre percebemos o inverno que nos invade. Tiritamos de frio, porém permanecemos inconscientes. Expomo-nos a pneumonias na alma. Vestidos de acintosa nudez, trocamos nossos braços de abraçar pelo repúdio dos galhos secos e mortos.
Felizmente a vida se revela em ondas, ciclos, luzes distintas. Nada permanece igual. Nem mesmo a maldade, a tristeza ou a insensibilidade. Nem mesmo o medo agarrado a você como uma criança pequena e indefesa.
Pode ser que as janelas agora estejam fechadas. Mas estamos sujeitos a descuidos, distrações ou aos ímpetos de ventanias. É neste instante que as frutas se oferecem novamente. E mais uma vez você tem a chance de colhê-las.